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CABELOS
Terça - 21 de Fevereiro de 2017 às 10:16
Por: Tina Szabados

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Imagine uma tintura capaz de mudar a cor do seu cabelo, automaticamente, de acordo com as características do ambiente. Por exemplo: deixando a cabeleira vermelha em um dia ensolarado, azul em um dia frio, castanho dentro de casa... E por aí em diante. Pensou? Agora saiba que essa doideira cabelística já existe!

A empresa britânica The Unssen acaba de tornar realidade o meu sonho, digo o desejo de todo mundo que enjoa com a cor dos cabelos e vive querendo trocar o visual. A tintura se chama FIRE e foi desenvolvida com uma tecnologia reativa, ou seja, que permite que os cabelos alternem a cor entre tons quentes e frios de acordo com a temperatura do ambiente.


Tina, mas como diabos essa mágica acontece?
É que a tinta tem moléculas de carbono sensíveis, que reagem (ficam mais aceleradas ou não - quem aí lembra das aulas de Química?) de acordo com as flutuações de calor. Louco, né? Mas completamente científico :D

DEIXA EU TENTAR EXPLICAR MAIS UM POUQUINHO:

Todas as cores que existem no mundo (e em todos os lugares: nas flores, paredes de casa, nas plantas, etc) são o resultado de moléculas presentes em cada uma dessas coisas, que conseguem absorver mais uma onda de cor do que outras. Isso acontece porque essas moléculas são sensíveis à essas ondas de cor.

A luz do Sol é composta de sete cores (que formam o arco-íris, lembram?). Quando uma flor, por exemplo, tem moléculas que absorvem as ondas de cor "azul" e "vermelha", presentes na luz do sol, temos uma flor roxa :D Se outra flor (ou qualquer outro objeto. Estou usando o exemplo de flores porque amo flores) tiver moléculas sensíveis à onda de luz vermelha, teremos uma flor vermelha e assim por diante. Não é lindo? Adoro isso!

No caso da tintura criada pela marca britânica, existem moléculas sensíveis à diferentes ondas de cor. E, mais do que isso, essas moléculas são mais adaptáveis do que outras. Por isso, acima de determinadas temperaturas, essas moléculas se adaptam. Quando isso acontece, ocorre uma alteração na absorção de luz - o que acaba por produzir a mudança de cor.

Segundo a marca, os tons poderão ir desde o vermelho vivo ao mais suave azul pastel. A fabricante afirma ainda que a tintura não prejudica o couro cabeludo nem as fibras capilares porque qualquer substância irritante foi neutralizada através de um processo que utiliza cadeias de polímeros capazes de "encapá-las" e minimizar seus efeitos.

Se você tá aí lendo esse post e já querendo saber quando vai encontrar a tintura em lojas, vale dizer que a coloração ainda precisa ser refinada e passar por testes finais que possam garantir a inocuidade do material quando aplicado ou não ao fios. Ou seja, ainda vai demorar para a gente encontrar essa coloração nas prateleiras de perfumarias ou em lojinhas na Internet.

A designer Lauren Bowker, a dona da empresa, já é conhecida por seus colegas como "a alquimista" da moda. Seus principais projetos utilizam a química para criar fórmulas e composições que alteram a cor de roupas e acessórios de acordo com as condições de calor e umidade. Ela espera que descobertas desse tipo possam encorajar as meninas a se aventurarem nos campos da ciência e engenharia.






Autor

Tina Szabados
contato@makecoisaetal.com.br

Tina Szabados - Jornalista por formação. Blogueira por acaso. Carioca, mãe de dois anjos azuis (TEA - Transtorno do Espectro Autista) e quarentona.

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