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MAMÃE, COISA E TAL
Domingo - 05 de Julho de 2015 às 02:51
Por: Tina Szabados

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Plagiocefalia posicional e braquicefalia posicional. Sabia que esses nomes estranhos significam tipos de deformidade craniana em bebês que, quando não tratadas, podem gerar complicações estéticas e até mesmo funcionais dos órgãos localizados na cabeça?

A plagiocefalia posicional significa “cabeça oblíqua”. Em outras palavras, é a cabeça assimétrica semelhante a um paralelogramo. A parte de trás apresenta um lado achatado e o outro proeminente, com frequente desalinhamento das orelhas e até da testa e do rosto.

Já a braquicefalia posicional, “cabeça curta”, se refere ao achatamento de toda a área posterior da cabeça, com alargamento da região e elevação do “cocuruto”.

Essas diferenças na região craniana são consequência do apoio constante da cabeça em uma só posição nos primeiros meses de vida do bebê, fase em que o crânio cresce com enorme velocidade. Isso pode acontecer também no final do período gestacional, como quando há pouco líquido amniótico (o chamado oligohidrâmnio), encaixe precoce do bebê na pelve e gestação gemelar.

A boa notícia é que na maioria das vezes há como prevenir que a assimetria apareça, bastando para isso evitar o apoio constante da cabeça sempre no mesmo lugar. As manobras preventivas incluem principalmente:

MANOBRAS PREVENTIVAS:

>> Observe sempre a cabecinha do seu bebê, exatamente como faz com as demais partes do corpo – posicione o bebê de frente para você, de frente para o espelho, de perfil e observe também o topo da cabeça. Olhando para o bebê por estes ângulos, fica fácil de identificar se o desenvolvimento acontece da maneira correta ou se é necessário fazer algum tipo de prevenção;

>> Caso detecte algum tipo de deformidade na cabeça do bebê, a chamada Plagiocefalia Posicional, adote algumas medidas preventivas que podem reverter o quadro. A primeira delas é tentar posicionar o bebê, principalmente na hora de dormir, do lado contrário àquele da deformidade. Trata-se, realmente, de um trabalho árduo, que deve envolver toda a família, uma vez que o bebê certamente vai mudar sua posição durante o sono, preferindo sempre o apoio no lado da cabeça que já apresenta deformidade;

>> É muito mais fácil supervisionar o sono do bebê durante o dia. À noite, para que o bebê não se vire para o lado em que a cabeça apresenta alguma deformidade, coloque apoios em suas costas. Aqueles rolinhos ou travesseiros auxiliam nessa tarefa.

>> O reposicionamento também vale para a hora da alimentação. Se o bebê ainda é amamentado pela mãe, no peito, é importante que ela altere a posição de apoio da cabeça do bebê durante cada mamada;

>> Pergunte ao pediatra se o bebê apresenta torcicolo congênito. Crianças com esse tipo de problema, normalmente tem predileção por virar o pescoço sempre para o mesmo lado, o que contribui para a Plagiocefalia Posicional. Caso o bebê seja diagnosticado com o torcicolo, as atividades com fisioterapeuta serão decisivas para a correção das deformidades na cabeça;

>> Na hora de dormir: posicione o berço do bebê de maneira que ele receba estímulos de posições bem variadas. Há inúmeros casos de quartos de bebês em que o berço fica encostado em uma parede branca e todos os estímulos sonoros e visuais acontecem do lado contrário. O bebê certamente terá uma predileção por virar a cabeça na direção dos estímulos e ficará mais tempo apoiado em um mesmo lado da cabeça. Uma alternativa pode ser alternar a posição do bebê no berço, como por exemplo, uma vez você o coloca na posição normal e de outra vez você o coloca deitado com a cabecinha virada para os pés da cama, assim você terá trocado o ponto de apoio da cabeça sem mexer no quarto inteiro;

>> Não deixe o bebê por horas na cadeirinha ou bebê conforto. A movimentação da criança fica limitada e as chances de que ele apoie sempre o mesmo ponto da cabeça são enormes;

>> Sempre que possível opte por carregar o bebê de forma que a cabeça não permaneça muito tempo apoiada no mesmo local. Os famosos cangurus ou slings são bastante eficientes nesses casos;

>> Na hora do banho, observe se não utiliza sempre os mesmos pontos de apoio e faça o reposicionamento sempre que puder;

>> Sempre que possível e, claro, com supervisão, coloque o bebê para brincar de barriga para baixo. Nessa posição, além de não apoiar a cabeça, a criança ainda fortalece a musculatura do pescoço;

COMO FAZER O EXAME DA PLAGIOCEFALIA POSICIONAL EM CASA:

Para identificar se o formato ultrapassa os limites da normalidade, uma boa dica é olhar a cabeça do bebê de cima para baixo na hora do banho com o cabelinho molhado. Vale ressaltar que todos temos algum grau de assimetria, o que é absolutamente normal, mas é fácil de enxergar aquelas condições que começam a chamar a atenção.

É possível reverter a situação, quando o problema é percebido no início. A primeira medida visando o tratamento é quase sempre o chamado reposicionamento, que consiste basicamente em procurar posicionar o bebê pelo máximo possível de tempo de forma a apoiar do lado que está proeminente e evitar o apoio do lado que está achatado. Isso vale para a posição de dormir, segurar no colo, cadeirinhas, etc. O objetivo dessas manobras é de inverter o mecanismo que levou à assimetria, promovendo uma lenta melhora.

O problema é que, à medida que o bebê vai crescendo, ele vai ficando mais forte e habilidoso, tornando o reposicionamento progressivamente mais difícil e menos eficaz. É aí que entra o tratamento ortótico, uma espécie de capacetinho feito rigorosamente sob medida que funciona como um molde para direcionar o crescimento de volta à normalidade.

A parte proeminente fica constantemente apoiada no capacete, enquanto a parte achatada fica livre para crescer, mesmo quando o bebê insiste em apoiar a cabeça nessa região.

ANTES E DEPOIS DO TRATAMENTO:

Ao identificar uma assimetria, os pais devem conversar com um especialista.

DE PAI DE PACIENTE A ESPECIALISTA NO ASSUNTO:

No ano de 2005, ao completar 4 meses, a filha do médico brasileiro Gerd Schreen foi diagnosticada com plagiocefalia posicional, conhecida também como assimetria craniana, nomes até então desconhecidos por ele e a família. Ao buscar tratamentos no Brasil, o médico e sua esposa se deparavam sempre com as mesmas respostas dos colegas que consultavam: “É preciso se conformar, não há tratamento”. Além disso, minimizavam a importância do problema, considerando o caso “apenas estético”.

Após fazer muitas buscas e estudar sobre o assunto na literatura científica, o médico descobriu que havia uma órtese craniana, uma espécie de capacetinho sob medida que prometia corrigir a assimetria em alguns meses, porém não estava disponível do Brasil. Foi aí que ele decidiu levar o caso para o Dr. Benjamin Carson, no Johns Hopkins, em Baltimore, referência mundial em neurocirurgia pediátrica que os encaminhou imediatamente para o tratamento ortótico.

A família mudou-se para os Estados Unidos. Foram 6 meses de tratamento, e o resultado final foi gratificante. “Foi uma sensação incrível, minha caçula estava ótima. Nunca imaginamos que nos emocionaríamos tanto ao fazer uma “Maria Chiquinha” para o primeiro aniversário dela”, comenta o Dr. Gerd.

O desafio agora era trazer este tratamento ao Brasil, levando em conta a quantidade de crianças que apresentam este problema aqui (cerca de 300 mil ao ano) e que não têm condições de mudar para outro país e pagar pelo procedimento.

Foi aí que decidiu fazer uma especialização nos Estados Unidos no tratamento das assimetrias cranianas com órtese. Neste período estabeleceu contato com a a Orthomerica Inc - considerada a melhor fabricante de órteses no mundo, e começou a trazer o tratamento ao Brasil. Depois o médico abriu uma clínica especializada no assunto: a Heads, com sede em São Paulo e uma filial recém inaugurada no Rio de Janeiro.

Para ter resultados mais precisos a clínica conta com o STARscanner - um equipamento único, capaz de oferecer na hora da consulta, todas as medidas da cabeça do bebê com absoluta precisão, além de fornecer o molde virtual para a confecção da órtese sob medida. Tudo isso sem uso de radiação, com segurança para o bebê e levando apenas 1,5 segundos para ser realizado.

COMO ENTRAR EM CONTATO:

Heads - Rio de Janeiro:

Av. das Américas, 3500 Bl. 7 Cj.436
Barra da Tijuca

Heads - São Paulo:

Av. Ibirapuera, 2907 Cj 1716
bon Convention Corporate Plaza

OUTRAS INFORMAÇÕES:

Site: www.clinicaheads.com.br
Facebook: facebook.com/clinicaheads
Instagram: @clinicaheads





Autor

Tina Szabados
contato@makecoisaetal.com.br

Tina Szabados - Jornalista por formação. Blogueira por acaso. Carioca, mãe de dois anjos azuis (TEA - Transtorno do Espectro Autista) e quarentona.

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